A polpa cítrica é o subproduto obtido da extração do suco pela indústria. O termo “cítrico” engloba diferentes espécies de frutas do gênero Citrus:
Na produção de sucos cítricos, são obtidos subprodutos entre 30 a 50% do peso da fruta processada, que são:
A distribuição do produto fresco (em umidade> 78%) está limitada a áreas próximas às indústrias de extração, mas a polpa seca também é importada de EUA (principalmente do estado da Flórida), Brasil e Marrocos.
Pode ter sido despectinizado, nesse caso será indicado também na denominação. Além disso, pode conter, coletivamente, até 1% de metanol, etanol e propano-2-ol numa base anidra”
Cumpre o RD 465/2003 e modificações posteriores sobre substâncias indesejáveis na alimentação animal.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
A composição varia de acordo com o tipo de fruta, estado de maturação, condições de cultivo, processo de extração do suco
A matéria seca contém:
Fibra solúvel (7-42%, principalmente pectinas).
Fibra não degradável (12-43% FDN).
Cinzas (3-20%), de acordo com a quantidade de carbonato de cálcio adicionada na secagem, sendo mais baixo no produto fresco.
Gordura (1-8%) varia em função da presença de sementes (0-15%) nas frutas.
VALOR NUTRITIVO
A polpa cítrica possui um alto potencial de degradação no rúmen (>90%) e de digestibilidade aparente em suínos (>78%), por isso que geralmente é utilizada na substituição de cereais (cevada) nas dietas.
No rúmen, essa substituição resulta em níveis mais baixos de ácidos propiônico e lático que ajudam a prevenir a acidose, mas não representa uma contribuição eficaz da fibra na ração.
Nas dietas de monogástricos, aumenta a viscosidade da digestão e diminui a velocidade do trânsito digestivo, o que provoca uma sensação de saciedade que pode melhorar o bem-estar e a saúde intestinal durante a gestação de porcas e no final da engorda.
USO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Suínos: Recomenda-se principalmente na fase final de ganho de peso (80 a 120 kg) para acidificar a digestão intestinal e reduzir as contagens de bactérias patogênicas(Cerisuelo et al., 2010), e durante a gestação para diminuir comportamentos anormais (estereotipias).
Paloma Garcia Rebollar, Universidade Politécnica de Madrid
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