O pinto nasce com um intestino praticamente livre de micróbios, poros colonizadores precoces tendem a predominar. Os nutrientes sem digerir estarão disponíveis para favorecer o crescimento microbiano nas porções distais do intestino e ceco, e caso incluam bactérias patógenas, o pinto estará em desvantagem.
A microbiota intestinal “normal” se desenvolve rapidamente, de forma que a carga bacteriana e as espécies presentes na bandeja de incubação, durante a entrega e durante os primeiros dias na granja, determinarão a colonização precoce.
O conceito Nurmi de manipulação da microbiota intestinal se baseia na introdução precoce de micróbios não patógenos. Idealmente, esses micróbios ajudarão a prevenir
a colonização por patógenos
e a exclusão competitiva (CE – Competitive Exclusion) sem dúvida é uma das ferramentas de manejo do futuro empregada na produção de frangos de corte.
A Helicobacter pylori, bactéria causadora de úlceras gástricas nas pessoas, segrega a enzima urease que destrói o revestimento mucoso, expondo a parede gástrica à ação do ácido clorídrico e à pepsina do estômago. Seria interessante estudar a microbiota intestinal de aves alimentadas com uma farinha de soja rica em urease. Atualmente, o destino dos nutrientes
não digeridos está adquirindo a mesma importância que o dos nutrientes digeridos. No passado, considerava-se que 12-20% de ingredientes indigestíveis eram um problema associado à consistência das fezes e à qualidade da cama.
Agora sabemos que o material indigestível influencia no crescimento microbiano, especialmente no intestino grosso e ceco.
Potencializar o crescimento microbiano poderá ter uma enorme importância em um cenário em que já não se utilizem antibióticos promotores de crescimento, principalmente em ausência dos ionóforos anticoccidianos.
A maior parte da digestão ocorre no jejuno. Aproximadamente 60-70% do amido presente nos cereais se encontra em forma de mono- ou dissacarídeos – no momento em que a digestão chega ao íleo proximal, enquanto 95% do amido está digerido quando chega ao íleo terminal.
Existem outros polissacarídeos que são de maior interesse para os nutricionistas da avicultura, como as hemiceluloses, pentosanas, β-glucanos e oligossacarídeos (estaquiose e rafinose) encontradas na farinha de sementes de oleaginosas e que, em seu conjunto, são conhecidas como polissacarídeos não amiláceos. Geralmente, há uma correlação negativa entre a digestibilidade dos carboidratos e o conteúdo de altos níveis de pentosanas e β-glucanos.
Esses carboidratos complexos reduzem a digestibilidade de todos os nutrientes presentes no bolo alimentar, não somente dos carboidratos, levando irremediavelmente a um supercrescimento bacteriano.
Os alfa-galactossacarídeos, comumente conhecidos como oligossacarídeos, representam até 12% dos carboidratos presentes na farinha de soja. Os componentes mais comuns são estaquiose, rafinose e celobiose.
Devido à ausência de atividade β-galactosidase na mucosa intestinal, há interesse na adição de enzimas exógenas ao alimento e/ou extrair os polissacarídeos mediante etanol.
Digestão de proteínas
O proventrículo é o primeiro ponto de degradação proteica, graças à ação de secreções que incluem ácido clorídrico e a enzima pepsina. Antes da chegada do alimento ao proventrículo e à moela, o pH das secreções pode ser tão baixo como 1,5-2, mas sob as condições tamponadoras do alimento, o pH aumenta para 3,5-5. Uma moela ativa, com um pH baixo, tem grandes propriedades antibacterianas, embora tenha menor impacto sobre a passagem dos oocistos de coccídios.
Uma parte considerável da proteína endógena entra no trato digestivo em forma de saliva, sucos gástricos, sucos pancreáticos, células epiteliais descamadas da mucosa intestinal e mucinas. Esta proteína endógena não deve ser confundida com as perdas de nitrogênio endógeno através da urina, já que a proteína endógena é digerida e utilizada pelo animal, enquanto o nitrogênio endógeno perdido através da urina deve ser restituído diariamente mediante proteína dietética adicional.
Os ácidos graxos da cadeia média e os triglicerídeos parecem não precisar do pré-requisito da formação de micelas antes da digestão e absorção, por isso são ingredientes interessantes no caso das dietas iniciais.
Os componentes insolúveis em água, como os ácidos graxos e os monoglicerídeos, não podem formar micelas por si só, mas formam micelas mistas estáveis com
sais biliares conjugados.
Ácidos graxos saturados, como os ácidos palmítico e esteárico, são apolares, têm pontos de fusão elevados e somente são levemente solúveis na emulsão com sais biliares. No entanto, são notavelmente solúveis na presença de uma micela mista.
O equilíbrio entre ácidos graxos saturados e insaturados, presentes na dieta, e a quantidade de sais biliares são fatores importantes na absorção de gorduras. Se um ácido graxo saturado se encontrar na posição 2 de um triglicerídeo, será absorvido facilmente dado que os monoglicerídeos com ácidos graxos saturados são mais bem absorvidos do que quando se encontram em forma de ácidos graxos saturados livres.
Embora as dietas à base de farinha de soja sejam consideradas o padrão na avicultura, há evidências de que sua digestibilidade é subotimizada no caso do pinto jovem. Comparado com os valores esperados, há uma redução de até 10-15% na Energia Metabolizável Aparente e na digestão de aminoácidos em pintos de menos de 5-10 dias de vida.
A aplicação de técnicas mais inovadoras, incluindo a identificação do DNA
dos micróbios, poderia lançar luz
sobre a complexidade da microbiota, principalmente sobre como mudam em resposta a diferentes tipos de dieta.
Otimizar a digestão, ou melhor, minimizar a indigestão, é uma estratégia viável para limitar o supercrescimento microbiano
no intestino e ceco. Não há um substituto simples para os antibióticos promotores do crescimento, sendo necessário que
as diretrizes de manejo do futuro sejam multifacetadas.
Na Tabela 1 são recopiladas algumas
das abordagens para limitar o fluxo de nutrientes para os patógenos intestinais. Há uma oportunidade para a alimentação com dietas iniciais especializadas e, embora sejam mais caras em comparação com as dietas convencionais, têm o potencial de proporcionar benefícios a longo prazo, além dos observados no momento de seu fornecimento.
Atualmente, existe uma ampla lista de “alternativas” aos antibióticos promotores de crescimento e, sem dúvida, muitas delas são incorporadas pela indústria de produção de frangos de corte.
Independentemente das estratégias empregadas na prevenção da proliferação dos patógenos na produção, devemos lembrar que os micróbios são oportunistas com uma surpreendente capacidade para adaptar-se aos novos ambientes.
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